2ª série – Social é a mídia. Social é a rede.
Talvez seja a hora de praticar a comunicação, voltando ao básico do contato social. Talvez, uma maneira de realinhar as sociedades digitais e o mundo real seja começar escrevendo uma carta para alguém de quem você gosta. O que podemos chamar de eu depois de Nietzsche, Freud, Lacan, Foucault, Deleuze e Bauman? Como a definição de eu incide no entendimento do cenário de transformações mentais, sociais, culturais, econômicas, científicas, políticas e biológicas que se disseminam desde o final do século XX? A suposição de base é que essas transformações suscitaram outras concepções para entender os modos de ser e estar da espécie humana no aqui e agora, alterando o sentido do termo “eu” e de suas interseções teóricas (sujeito, subjetividade, indivíduo, ontologia).
Fonte: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1706
2ªA – Tempos líquidos, vidas líquidas – A importância da interação e dos relacionamentos humanos em uma sociedade cada vez mais online.
O ritmo em que tentamos nos comunicar hoje e a mídia à qual temos acesso sem precedentes estão corroendo as bases da comunicação. A insegurança é a marca fundamental dos tempos líquido-modernos. Terrorismo, crime organizado, desemprego e solidão: todos esses são fenômenos típicos de uma era na qual a exclusão e a desintegração da solidariedade expõem o homem aos seus temores mais graves.
2ªB – “A poesia tem comunicação secreta com os sofrimentos do homem”, Pablo Neruda
O homem sempre encontrou formas de externar a sua dor de maneira indireta e, às vezes, até imperceptível. A poesia é um canal fluido e inconstante para manifestarmos nossas necessidades. É uma maneira indireta de se comunicar, fazer ser ouvido com beleza, ainda que motivado pela tristeza. Antonio Francisco traz uma das frases sobre comunicação mais significativas, pois fala de oposição. Fazer a comunicação somente é possível quando os dois participam ativamente desse processo. Todavia, isso fica impossibilitado de acontecer dada à: falta de disposição ao que é diferente. Evitar a comunicação motivado pela diferença, perpetua a ignorância. Sendo assim, não há enriquecimento da reciprocidade pela diversidade. No momento em que nos permitimos ceder ao outro, entender suas palavras e projetar as nossas, conseguimos a verdadeira comunicação.
Os homens das cavernas, com sua estrutura cerebral mais limitada e rudimentar conseguia se comunicar através de formas mais simplificadas e menos refinadas como gestos, posturas, gritos e grunhidos. Acredita-se que em um determinado momento desse passado, esse homem primitivo desenvolveu aos poucos a estrutura de aprendizagem que o fez conseguir se relacionar com objetos, conseguir criar utensílios que o auxiliassem na caça e proteção e o mais importante, adquiriu a capacidade de perpassar esse conhecimento entre as próximas gerações através de gestos e repetição do processo, criando assim, uma forma primitiva e simples de linguagem. Agora, imagine o processo de comunicação e aprendizagem depois do advento da tecnologia e da internet. Tudo isso nos fez questionar nossas vidas, nosso valor e nos levou a acreditar que… Quantidade importa mais que qualidade. A imagem importa mais do que a autenticidade. A popularidade importa mais do que o conteúdo. Números importam mais que o significado. Tendências importam mais que a relevância. O engajamento suprimiu a empatia em troca dos sentimentos efêmeros que acompanham as curtidas.
Sugestão: – “se eu tivesse mais tempo, teria escrito uma carta mais curta”. – Veja mais em https://noomis.febraban.org.br/especialista/brian-solis/a-importancia-da-interacao-e-dos-relacionamentos-humanos-em-uma-sociedade-cada-vez-mais-online