6º ANOS: OS SONS, OS GESTOS, A PALAVRA, A FALA: A HUMANIDADE COMEÇANDO A SE INTERLIGAR.
Como começou a comunicação entre os seres humanos? O que nos torna, verdadeiramente, humanos, diferentes dos outros animais?
6º ano A: os sons e gestos, a linguagem corporal, a linguagem não verbal em ação.
Já imaginou o quanto há de comunicação sem o uso das palavras? A utilização de palavras no processo de comunicação nos parece lógico e completo. Mas, você já observou o quanto compreender gestos, expressões faciais, posturas são importantes para estabelecermos conexões? Criou-se o julgamento de que a comunicação é apenas verbal. Todavia Ray Birdwhistell (1970), antropólogo estadunidense, afirma que mais de 60% da comunicação humana é não verbal. Portanto, a tarefa do 6ºA será evidenciar a importância de prestarmos atenção e nos capacitarmos para decodificar a linguagem não verbal.
6º ano B: a linguagem oral, a comunicação e o conhecimento em foco: as sociedades ágrafas, os cegos, os surdos, os deficientes neurológicos…O silêncio também fala, é comunicação.
Associado de forma banal à ausência da fala, o silêncio é contudo presença plena de significações: uma força complexa, que questiona a própria linguagem em seu uso social. É nesse momento de silêncio, que pode ser apenas uma fração de segundo, que a comunicação mostra seu encanto. As informações transmitidas são valorizadas. O ouvinte tem a oportunidade de refletir sobre a mensagem que acabou de receber. Passa a existir expectativa sobre o que virá a seguir. Caberá ao 6ºB valorizar as sociedades ágrafas e/ou àqueles que se utilizam do silêncio para muito dizer.
6º ano C: a linguagem verbal e o preconceito linguístico e social: estrangeirismo, regionalismo, sotaque, gírias, analfabetos, oralidade comprometida.
O preconceito linguístico resulta da comparação indevida entre o modelo idealizado de língua que se apresenta nas gramáticas normativas e nos dicionários e os modos de falar reais das pessoas que vivem na sociedade, modos de falar que são muitos e bem diferentes entre si. Uma língua é caracterizada pela sua forma de comunicação e interação social, existente desde o princípio de sua utilização como comunicação verbal independentemente da forma como a fala foi ou é colocada em um determinado contexto. Caberá a essa turma um estudo sobre o preconceito linguístico e social e como nos conectamos ou não contribuindo para manutenção dessa problemática.
6º ano D: a “cor da voz”: fala como instrumento de afeto, de poder, de respeito, de comunhão, de resistência.
Comunicação afetiva, ou comunicação afetuosa, é um conjunto de comportamentos verbais e não verbais pelos quais transmitimos uma mensagem. Basear a comunicação no afeto é uma habilidade linguística, cooperativa e empática, atrelada também ao desenvolvimento das competências socioemocionais. Estudos revelam que a ausência de comunicação afetiva prejudica não só as relações interpessoais, mas também a nossa saúde mental, elevando os níveis de estresse e causando danos psicológicos que, muitas vezes, exigem tratamento especializado. Por se tratar de uma habilidade aprendida e desenvolvida ao longo da vida, a privação de afeto na comunicabilidade pode se tornar um círculo vicioso. Por essa razão, o 6ºD deverá se debruçar sobre a importância da comunicação afetiva e como desenvolvê-la na sociedade.